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No evento de encerramento do piloto do Projeto Score, da OIT, participantes relatam resultados positivos. Edmundo Lima e Angela Bozzon participaram pela ABVTEX, ao lado dos representantes da OIT, Senai, Fiesp, Abit, CNTV-CUT e empresários do varejo e indústria.

Cerimônia de abertura com representantes da ABVTEX, OIT, Senai, Fiesp, Abit e CNTV-CUT

Lima ressaltou que as entidades estão unidas pelo propósito de promover a moda mais sustentável. “Neste sentido, a nossa participação no projeto consolida o compromisso em prol do desenvolvimento da cadeia de valor, uma vez que a iniciativa evidenciou seu impacto positivo na capacitação das empresas fornecedoras com resultados nas melhorias de competitividade e produtividade, baseadas no aprimoramento das relações humanas de trabalho e colaboração entre liderança e liderados”, disse.

Adriana Duarte, gerente de produção da Confecções T.Christina, elogiou a iniciativa. “Participar do projeto piloto foi ótimo, porque a gente amarrou muitos pontos de melhoria e as trocas foram importantes”, disse. A T.Christina, segundo ela, já vinha num processo de transformação e o SCORE chegou para fortalecer todo esse processo, dando dicas de gestão, trabalho em equipe e abrindo fronteiras do conhecimento. “Somos globais e nossa participação foi muito enriquecedora”, completou.

Adriana Duarte, gerente de produção da T.Christina

Vinícius Pinheiro, diretor da OIT para o Brasil, classifica o resultado como um experimento bem-sucedido entre as entidades e ressaltou o apoio da ABVTEX. “Ele foi fundamental para trazer o setor em conjunto e por acreditar na metodologia. Sem o apoio da ABVTEX, seria impossível realizar esse projeto pois ele contou com a Associação não somente no desenho da metodologia, mas também na mobilização dos parceiros para a implementação da parceria.”

Ele explica como resultados do projeto, o estabelecimento de políticas de saúde, segurança e trabalho, políticas de diálogo social, processo de organização do trabalho, que levaram a reduções significativas do absenteísmo e de ganhos de produtividade de 10 a 12% em pequenas empresas, e de até 20% em empresas maiores.

Com os ótimos resultados do projeto piloto, a expectativa é de que seja escalado para o resto da indústria têxtil, em São Paulo e outros Estados, e também para outros setores. “Faremos alguns ajustes, mas estamos confiantes que os nossos parceiros também estarão conosco nessa nova fase”, concluiu.

Rafael Cervone, primeiro vice-presidente da Fiesp, falou sobre a participação do Senai. “Para nós foi muito importante, por se tratar de um projeto piloto, a nível mundial e que é referência. O Brasil tem uma relevância na área de sustentabilidade, mas ainda não é percebido como tal. E nós precisamos também mudar o mindset e nos ajustar, nos preparar para esse novo modelo.”

Do lado do Senai, ele enfatiza o aprendizado com esse projeto, não só capacitando as empresas, mas também capacitando os multiplicadores. “Estamos preparando os formadores de formadores, aqueles que vão multiplicar outros multiplicadores”, afirmou na oportunidade.